Guerra Cognitiva e militarização da neurociência:programas de pesquisa em neurotecnologias dos Estados Unidos e da China
research programs on neurotechnology in the United States and China
DOI:
https://doi.org/10.26792/rbed.v11i1.75409Resumo
Neste artigo, analisamos o conceito de guerra cognitiva e o processo de militarização da neurociência. Em dezembro de 2020, o Comando Aliado para Transformação da Organização do Atlântico Norte (OTAN) publicou relatório sobre guerra cognitiva, sugerindo a adoção doutrinária de um sexto domínio operacional, o domínio cognitivo, somando-se aos domínios terrestre, marítimo, aéreo, espacial e cibernético. O cérebro humano, segundo o relatório, será um dos principais campos de batalha do século XXI. Programas científicos civis e militares patrocinados por diferentes potências têm resultado em rápidos avanços na neurociência e no desenvolvimento de neurotecnologias. O processo de militarização das neurotecnologias, com potencial de aumento da performance física e cognitiva de combatentes e comandantes, assim como de degradação das funções
cerebrais do inimigo, tem sido acelerado por investimentos em programas militares específicos, especialmente nos Estados Unidos e China. As neurotecnologias têm potencial disruptivo nos conflitos em termos operacionais e táticos, com implicações na dimensão estratégica
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