O estado de exceção militarizado no Brasil. Zonas ambíguas entre forças armadas, polícias e milícias no contexto contemporâneo.

Autores

  • Luís Antônio Francisco de Souza Unesp/Marília
  • Carlos Henrique Aguiar Serra UFF

DOI:

https://doi.org/10.26792/rbed.v8n2.2021.75267

Palavras-chave:

Segurança Pública, Militarização, Forças Armadas, Milícias

Resumo

O presente artigo pretende refletir sobre as mudanças recentes no cenário político e institucional do Brasil. Uma das características predominantes do estado brasileiro é a tendência de tutela militar da segurança pública. Esta tutela vem se expressando, desde a ditadura de 1964-1985, de forma dupla: militarização das forças policiais e policialização das forças armadas. Ou seja, as forças armadas se colocaram como um elemento constitutivo da noção de ordem social e segurança do estado brasileiro. A tutela militar vem penetrando nas forças policiais, na segurança pública e em vários aspectos da vida institucional e política do país. Ou seja, além da já bem documentada politização dos militares durante toda a história da república, com o seu corolário intervencionista, estamos diante de uma militarização da política, processo inaudito na história do país. A partir de uma revisão bibliográfica e do debate público em torno do tema da segurança pública, discutem-se estas questões a partir da confluência da presença de militares na política e de grupos paramilitares organizados nas periferias urbanas. O artigo propõe que é possível compreender o momento presente a partir de um debate genealógico sobre estado de exceção como uma forma de governo de populações.

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Publicado

2022-04-05

Como Citar

Souza, L. A. F. de, & Serra, C. H. A. (2022). O estado de exceção militarizado no Brasil. Zonas ambíguas entre forças armadas, polícias e milícias no contexto contemporâneo. Revista Brasileira De Estudos De Defesa, 8(2). https://doi.org/10.26792/rbed.v8n2.2021.75267

Edição

Seção

Artigos